domingo, 15 de novembro de 2015

O 15 de novembro e a religiosidade católica


A Proclamação do Brasil Colônia em República aconteceu no dia 15 de novembro de 1889, comemorando neste ano 126 anos. 
 Desde o período colonial, a Igreja Católica, enquanto instituição, encontrava-se submetida ao estado. Isso se manteve ainda após a independência que ocorreu no ano de 1822.
Os portugueses chegaram ao Brasil no século XVI. Eram um povo totalmente católico, religião predominante na Europa. Com a colonização, os índios e depois os negros africanos foram forçados a vivenciar a fé católica. Daí, o povo brasileiro, fruto de uma miscigenação tornou-se um povo essencialmente católico. Atualmente o catolicismo aparece liderando as 10 maiores religiões do Brasil, com totais 123.972.524 adeptos, correspondendo a 65% da população brasileira, segundo o Censo demográfico do IBGE de 2010.
“O significado da religião se resume ao conjunto de sistemas culturais e de crenças, com visões de mundo e símbolos estabelecidos e relacionados à espiritualidade, humanidade, e valores morais.” Assim, o catolicismo é uma característica marcante do nosso povo e constitui uma manifestação da cultura popular.
De fato, a monarquia tinha na religião católica uma grande aliada. O Brasil tornou-se República e a população brasileira continua cultivando o catolicismo, tornando o Brasil um dos países mais católico do mundo, fazendo, assim com que o brasileiros, neste 15 de novembro além comemorar o aniversário da Proclamação da República festeje, também, a fé católica vivenciada pelas(os) cristãs(os) brasileiras(os).

                                              Fonte:
http://top10mais.org/top-10-maiores-religioes-do-mundo

sábado, 7 de novembro de 2015

Formação Litúrgica – parte 4 :A Paz Constantiniana (ano de 313)




A atmosfera geral de alegria e liberdade trazida pela “Paz Constantiniana” com o edito de Milão (313), significa um desenvolvimento extraordinário para a Liturgia, iniciando rumos que, talvez, a Igreja primitiva não conseguisse imaginar ou mesmo desejar, tais como:
O lugar de culto deixa as “casas da comunidade” para se fixar nas construções basilicares, tendo ainda destaque os batistérios, as memórias dos mártires, e os cemitérios.
Embora as basílicas estejam em contraste com os templos pagãos, caracterizados como espaços para os deuses, e não para o povo, não deixam de ser regidas por uma mentalidade triunfalista do cristianismo. O historiador Eusébio diz que Cristo, o qual reina e triunfa depois da morte, merece uma “domus regia”. Desta maneira os cristãos vão ajuntando ao mistério pascal, que era fonte absoluta da Liturgia Cristã, o triunfo do próprio cristianismo sobre os pagãos.
Uma marca profunda da nova situação foi as insígnias dos bispos e presbíteros, concedidas pelo império aos titulares da Igreja, tais como:
Importância da sede episcopal: com o nome de cátedra, sede de magistrado ou “trono” como símbolo da dignidade. São concedidas, juntamente o privilégio do pálio, as sandálias, a dalmática e as saudações como o beijo, reverência, inclinação, ou aclamações públicas em procissões
Vestes de triunfo, vestis regia, coroa de ouro com gemas, etc.
Títulos: majestade, Dominus noster, Pius, Felix, Augustus, etc.
Na Liturgia observam-se mudanças tais como:
O domingo é reconhecido pelo Estado;
A Páscoa passa a ser a grande festa anual para todos;
A quaresma é celebrada inicialmente em função dos catecúmenos;
Nos séculos III e IV criam-se as festas da Epifania e Natal;
Incremento do Ano Litúrgico;
Formação das famílias litúrgicas.

Momento significativo para a Igreja a fase Constantiniana deixou um legado para a liturgia sendo, ainda nos dias atuais, cultivado na formação litúrgica da Igreja Católica. É importante conhecermos a história da nossa Igreja para compreendermos melhor a Missa.


segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Memórias aos falecidos



Popularmente conhecido como Dia de Finados a data é celebrada pela Igreja Católica desde o século II em memória aos falecidos onde os cristãos visitavam os túmulos dos mártires para lembrar os que morreram. Já no século V a Igreja dedicava um dia do ano para rezar pelos mortos. Assim no século XIII esse dia anual passou a ser comemorado em 2 de novembro, em virtude do dia 1 de novembro ser a Festa de Todos os Santos.
As comunidades católicas celebram fervorosamente a data com celebrações de Missas, ofertas de flores e velas quando um grande número de fieis se reúne para lembrar e rezar pelos seus entes queridos nas missas celebradas nas capelas e matrizes ou nos cemitérios. Todo um ritual é verificado neste dia: as famílias se juntam para zelar pelos túmulos, colocam flores, acendem velas e fazem orações pedindo a Deus pela eternidade dos falecidos junto ao Pai.
No Livro de Tobias 12, 12. O Senhor diz: “Quando tu oravas com lágrimas e enterravas os mortos [...], eu apresentava as tuas orações ao Senhor. Essa passagem bíblica é uma justificativa que fundamenta a fé cristã diante da oração pelos fieis defuntos.
Nos últimos anos, a Paróquia de São Sebastião preza pela celebração de duas missas no Dia de Finados: uma realizada da Capela de São Sebastião na Vila Gravatá no período da manhã, tendo em vista haver naquela localidade um cemitério que recebe durante todo o dia grande número de visitantes para fazer memórias aos mortos; E uma segunda missa celebrada no final da tarde no cemitério São Sebastião, localizado na sede do município, onde o padre, após a celebração, abençoa os túmulos e as pessoas fazem suas orações lembrando dos seus parentes e amigos que já partiram ao encontro do Pai.
Tido não somente como um ritual religioso, a celebração em memória dos fieis defuntos faz parte da cultura popular do nosso povo. A crença religiosa, os rituais estabelecidos, o avivamento das promessas cristãs, as lembranças em memória às pessoas falecidas, tudo isso é um gesto de manifestação da cultura popular do nosso povo. Essa manifestação é alimentada a cada dia, a cada ano pela religiosidade das pessoas que mais do que acreditar entregam seus caminhos a Deus pelos desígnios de sua Fé.
Aldaberon Vieira—PASCOM

domingo, 1 de novembro de 2015

POR QUE TODOS OS SANTOS?


São João Evangelista, no livro do Apocalipse narra a seguinte cena: "Vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé diante do Trono e diante do Cordeiro, de vestes brancas e palmas na mão". Neste trecho ele fala dos santos aos quais é dedicado a memória do dia 1º de novembro dedicado pela Igreja a Todos os Santos.

        Nesta festa a Igreja não pretende lembrar somente dos santos conhecidos e oficialmente canonizados, como São Sebastião, São Marcos, São Mateus, Santa Mônica, Santa Inês, etc. mas, de todos aqueles que estão nos céus, de todos aqueles que só Deus conhece a santidade.
A Igreja lembra nesse dia os homens e mulheres que já alcançaram a glória eterna.  São homens e mulheres que durante a vida serviram a Deus e foram obedientes aos ensinamentos de Jesus Cristo. São Santos diante de Deus, mesmo que seus nomes não estejam oficialmente nas listas canônicas.  
A Igreja do Oriente começou celebrar esta festa no século III e ocorria no dia 13 de maio. A celebração ocorreu pela primeira vez em Roma, no dia 13 de maio de 609 quando o Papa Bonifácio IV transformou o templo de Partenon, em uma igreja em honra à Virgem Maria e a todos os Santos. 
Em 1475 o Papa Xisto IV fez a mudança Oficial do dia da festa de Todos os Santos, de 13 de maio para o dia primeiro de novembro. A solenidade de todos os Santos enche de sentido a homenagem aos finados, que ocorre no dia seguinte. Assim, a Igreja pode celebrar todas as pessoas que por suas ações em vida tornaram-se santas, como Padre Cícero do Juazeiro, Frei Damião de Bozzano, Madre Teresa de Calcutá, Irmã Dulce, Irmã Dorothy Stang, Padre Ibiapina, a menina Francisca, leia-se “A Cruz da Menina”. E tantos outros.