sábado, 29 de outubro de 2016

Nota da CNBB sobre a PEC 241



A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nesta quinta-feira, dia 27 de outubro, durante entrevista coletiva à imprensa, a Nota da CNBB sobre a Proposta de Emenda Constitucional 241 (PEC 241), que estabelece um teto para os gastos públicos para os próximos vinte anos. O texto foi aprovado pelo Conselho Permanente da entidade, reunido, em Brasília, entre os dias 25 e 27 deste mês.
Leia o texto na íntegra:
Brasília-DF, 27 de outubro de 2016
P -  Nº. 0698/16

NOTA DA CNBB SOBRE A PEC 241


“Não fazer os pobres participar dos próprios bens é roubá-los e tirar-lhes a vida.”
 (São João Crisóstomo, século IV)

O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília-DF, dos dias 25 a 27 de outubro de 2016, manifesta sua posição a respeito da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016, de autoria do Poder Executivo que, após ter sido aprovada na Câmara Federal, segue para tramitação no Senado Federal.
Apresentada como fórmula para alcançar o equilíbrio dos gastos públicos, a PEC 241 limita, a partir de 2017, as despesas primárias do Estado – educação, saúde, infraestrutura, segurança, funcionalismo e outros – criando um teto para essas mesmas despesas, a ser aplicado nos próximos vinte anos. Significa, na prática, que nenhum aumento real de investimento nas áreas primárias poderá ser feito durante duas décadas. No entanto, ela não menciona nenhum teto para despesas financeiras, como, por exemplo, o pagamento dos juros da dívida pública. Por que esse tratamento diferenciado? 
A PEC 241 é injusta e seletiva. Ela elege, para pagar a conta do descontrole dos gastos, os trabalhadores e os pobres, ou seja, aqueles que mais precisam do Estado para que seus direitos constitucionais sejam garantidos. Além disso, beneficia os detentores do capital financeiro, quando não coloca teto para o pagamento de juros, não taxa grandes fortunas e não propõe auditar a dívida pública.
A PEC 241 supervaloriza o mercado em detrimento do Estado. “O dinheiro deve servir e não governar! ” (Evangelii Gaudium, 58). Diante do risco de uma idolatria do mercado, a Doutrina Social da Igreja ressalta o limite e a incapacidade do mesmo em satisfazer as necessidades humanas que, por sua natureza, não são e não podem ser simples mercadorias (cf. Compêndio da Doutrina Social da Igreja, 349). 
A PEC 241 afronta a Constituição Cidadã de 1988. Ao tratar dos artigos 198 e 212, que garantem um limite mínimo de investimento nas áreas de saúde e educação, ela desconsidera a ordem constitucional. A partir de 2018, o montante assegurado para estas áreas terá um novo critério de correção que será a inflação e não mais a receita corrente líquida, como prescreve a Constituição Federal.
É possível reverter o caminho de aprovação dessa PEC, que precisa ser debatida de forma ampla e democrática. A mobilização popular e a sociedade civil organizada são fundamentais para superação da crise econômica e política. Pesa, neste momento, sobre o Senado Federal, a responsabilidade de dialogar amplamente com a sociedade a respeito das consequências da PEC 241.
A CNBB continuará acompanhando esse processo, colocando-se à disposição para a busca de uma solução que garanta o direito de todos e não onere os mais pobres.
Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, continue intercedendo pelo povo brasileiro. Deus nos abençoe!

Dom Sergio da RochaArcebispo de Brasília
Presidente da CNBB

Dom Murilo S. R. Krieger, SCJArcebispo de São Salvador da Bahia
Vice-Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner, OFMBispo Auxiliar de Brasília
Secretário-Geral da CNBB

Fonte: http://www.cnbb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=19744:nota-da-cnbb-sobre-a-pec-241&catid=114:noticias&Itemid=106

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Formação litúrgica – Diversos Elementos da Missa


Gestos e posições do corpo
Os gestos e posições do corpo tanto do sacerdote, do diácono e dos ministros, como do povo devem contribuir para que toda a celebração resplandeça pelo decoro e nobre simplicidade, se compreenda a verdadeira e plena significação de suas diversas partes e se favoreça a participação de todos. Deve-se, pois, atender às diretrizes desta Instrução geral e da prática tradicional do Rito romano e a tudo que possa contribuir para o bem comum espiritual do povo de Deus, de preferência ao próprio gosto ou arbítrio.
A posição comum do corpo, que todos os participantes devem observar é sinal da unidade dos membros da comunidade cristã, reunidos para a Sagrada Liturgia, pois exprime e estimula os pensamentos e os sentimentos dos participantes.
Os fiéis permaneçam de pé, do início do canto da entrada, ou enquanto o sacerdote se aproxima do altar, até a oração do dia; ao canto do Aleluia antes do Evangelho; durante a proclamação do Evangelho; durante a profissão de fé e a oração universal; e do convite Orai, irmãos antes da oração sobre as oferendas até o fim da Missa.
Sentem-se durante as Leituras antes do Evangelho e durante o Salmo Responsorial; durante a Homilia e durante a preparação das Oferendas; e, se for conveniente, enquanto se observa o silêncio Sagrado após a Comunhão.
Ajoelhem-se, porém, durante da Consagração, a não ser que, por motivo de saúde ou falta de espaço ou o grande número de presentes ou outras causas razoáveis não o permitam. Contudo, aqueles que não se ajoelham na Consagração, façam inclinação profunda enquanto o sacerdote faz genuflexão após a Consagração.
Compete, porém, à Conferência dos Bispos adaptar, segundo as normas do direito, à índole e às legitimas tradições dos povos, os gestos e posições do corpo descritos no Ordinário da Missa. Cuide-se, contudo, que correspondam ao sentido e à índole de cada parte da celebração. Onde for costume o povo permanecer de joelhos do fim da aclamação do Santo até ao final da Oração eucarística e antes da Comunhão quando o sacerdote diz “Eis o Cordeiro de Deus”, é louvável que ele seja mantido.
Para se obter a uniformidade nos gestos e posições do corpo numa mesma celebração, obedeçam os fiéis aos avisos dados pelo diácono, por um ministro leigo ou pelo sacerdote, de acordo com o que vem estabelecido no Missal.
Entre os gestos incluem-se também as ações e as procissões realizadas pelo sacerdote com o diácono e os ministros ao se aproximarem do altar; pelo diácono antes da proclamação do Evangelho ou ao levar o Livro dos evangelhos ao ambão; dos fiéis, ao levarem os dons e enquanto se aproximam da Comunhão. Convém que tais ações e procissões sejam realizadas com dignidade, enquanto se executam cantos apropriados, segundo as normas estabelecidas para cada uma.
O silêncio
Oportunamente, como parte da celebração deve-se observar o silêncio sagrado. A sua natureza depende do momento em que ocorre em cada celebração. Assim, no Ato Penitencial e após o convite à oração, cada fiel se recolhe; após uma leitura ou a homilia, meditam brevemente o que ouviram; após a comunhão, enfim, louvam e rezam a Deus no íntimo do coração.
Convém que já antes da própria celebração se conserve o silêncio na igreja, na sacristia, na secretaria e mesmo nos lugares mais próximos, para que todos se disponham devota e devidamente para realizarem os sagrados mistérios.

Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos
 Roma - 2002

do corpo
Os gestos e posições do corpo tanto do sacerdote, do diácono e dos ministros, como do povo devem contribuir para que toda a celebração resplandeça pelo decoro e nobre simplicidade, se compreenda a verdadeira e plena significação de suas diversas partes e se favoreça a participação de todos. Deve-se, pois, atender às diretrizes desta Instrução geral e da prática tradicional do Rito romano e a tudo que possa contribuir para o bem comum espiritual do povo de Deus, de preferência ao próprio gosto ou arbítrio.
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Os fiéis permaneçam de pé, do início do canto da entrada, ou enquanto o sacerdote se aproxima do altar, até a oração do dia; ao canto do Aleluia antes do Evangelho; durante a proclamação do Evangelho; durante a profissão de fé e a oração universal; e do convite Orai, irmãos antes da oração sobre as oferendas até o fim da Missa.
Sentem-se durante as Leituras antes do Evangelho e durante o Salmo Responsorial; durante a Homilia e durante a preparação das Oferendas; e, se for conveniente, enquanto se observa o silêncio Sagrado após a Comunhão.
Ajoelhem-se, porém, durante da Consagração, a não ser que, por motivo de saúde ou falta de espaço ou o grande número de presentes ou outras causas razoáveis não o permitam. Contudo, aqueles que não se ajoelham na Consagração, façam inclinação profunda enquanto o sacerdote faz genuflexão após a Consagração.
Compete, porém, à Conferência dos Bispos adaptar, segundo as normas do direito, à índole e às legitimas tradições dos povos, os gestos e posições do corpo descritos no Ordinário da Missa. Cuide-se, contudo, que correspondam ao sentido e à índole de cada parte da celebração. Onde for costume o povo permanecer de joelhos do fim da aclamação do Santo até ao final da Oração eucarística e antes da Comunhão quando o sacerdote diz “Eis o Cordeiro de Deus”, é louvável que ele seja mantido.
Para se obter a uniformidade nos gestos e posições do corpo numa mesma celebração, obedeçam os fiéis aos avisos dados pelo diácono, por um ministro leigo ou pelo sacerdote, de acordo com o que vem estabelecido no Missal.
Entre os gestos incluem-se também as ações e as procissões realizadas pelo sacerdote com o diácono e os ministros ao se aproximarem do altar; pelo diácono antes da proclamação do Evangelho ou ao levar o Livro dos evangelhos ao ambão; dos fiéis, ao levarem os dons e enquanto se aproximam da Comunhão. Convém que tais ações e procissões sejam realizadas com dignidade, enquanto se executam cantos apropriados, segundo as normas estabelecidas para cada uma.
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Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos
 Roma - 2002




terça-feira, 25 de outubro de 2016

Parabéns, "Anunciai"


Outubro é um mês importante paras a equipe do nosso Informativo. É o aniversário de fundação do Boletim Anunciai! Chegamos a 73ª edição celebrando seis anos de evangelizando através da comunicação impressa.
Desde 2010 que a Paróquia de São Sebastião busca informar os leitores paroquiais através dos textos, imagens e reflexões publicadas por este veículo de comunicação e evangelização.
Assim, a celebração desse sexto aniversário só é possível graças a participação de cada pessoa que lê, dos nossos colaboradores que escrevem conosco a cada mês e dos nossos patrocinadores comerciantes, que contribuem todos os meses para a edição do impresso. Portanto, é tempo de agradecer a Deus pela vida de cada um(a) que comunga com a obra de evangelização “Anunciai”, fazendo com que nós estejamos sempre presentes na comunidade de São Sebastião de Lagoa de Dentro.
Parabéns!!
Equipe Anunciai!



domingo, 23 de outubro de 2016

Agentes da Pascom da Diocese de Guarabira participam do 6º Muticom em Recife-PE

Nos últimos dias de 14 a 16 de outubro, a capital pernambucana sediou o maior evento de comunicação da região: o Mutirão de Comunicação, do Regional Nordeste II da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB. O 6º Muticom teve como tema central “A cultura do encontro e as novas formas de comunicação para uma transformação social”, e aconteceu na Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP.
A Diocese de Guarabira, que nos últimos tempos tem reorganizado a Pastoral da Comunicação, no intuito de que todos sejam incentivados a comunicar o Evangelho, através de todos os meios tecnológicos possíveis, num processo dialógico e dinâmico, multidirecional e participativo, participou do evento. 18 membros da Comissão Diocesana e Pascom’s das Paróquias formaram a caravana de nossa Diocese para o 6º Muticom.
Para o padre José Arimatéia, coordenador diocesano da Pascom, o 6º Muticom é uma oportunidade singular para a reflexão sobre a teoria e a prática da comunicação na Igreja, sempre de acordo com o Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil, que é o norte para todas as Pascom’s, com a finalidade de unir cada vez mais as forças necessárias para proclamar as maravilhas de Deus realizadas na vida do Povo e da Igreja.
A Paróquia de São Sebastião de Lagoa de Dentro esteve representada pela coordenadora da Pascom nesta Paróquia, Liliane Soares e pelo agente Aldaberon Vieira. Que a cultura do encontro com o próximo seja sempre cultivada em nosso meio.*

Rafael San – Pascom Diocesana

*grifos nossos, Aldaberon Vieira

Conferência de abertura com Bianka Carvalho - Jornalista da Globo Nordede

Mesas redondas:
A cultura do encontro na dimensão missionária e social e
A cultura do encontro na dimensão política e social

Oficina: Pastoral digital no ambiente da Web, com Pe Antônio Xavier, Assessor da Comissão para Comunicação da CNBB

Mesa redonda com o Prof Dr Moisés Sbardeloto

Mesa Redonda com Gerson Camarotti, Jornalista da Globo News e escritor
Coordenadores da Pascom Regional NE 2 Marcia Marques (Campina Grande), Pe Arimateia (Guarabira),
Dom Delson (Bispo de Campina Grande e Referencial na Pascom Regional NE 2)

Diocese de Caruaru, que será a sede do próximo Muticom, em 2018,
recebendo das mãos de Dom Delson o simbolo do Muticom 2016

O que você está fazendo pelo nosso Planeta?


No dia 5 de setembro foi comemorado o Dia da Amazônia, a maior reserva natural do planeta e, sem dúvidas, uma das maiores riquezas da humanidade. Esse bioma possui cerca de cinco milhões e meio de quilômetros de floresta e abrange nove países. No dia 4 de outubro comemora-se o Dia da Natureza, a nossa casa!
Neste ano a Campanha da Fraternidade que discute a temática “Casa comum, nossa responsabilidade” chama a atenção para os problemas ambientais causados pela humanidade e que estão colaborando com a destruição do meio ambiente. Essa não é uma realidade distante de nós!
Muitos municípios paraibanos estão passando por dificuldade no abastecimento de água. Isso se deve as poucas chuvas caídas na região. Ironicamente, com todos os problemas ambientais enfrentados a população ainda não se conscientizou das consequências que atos impensados no presente podem causar no futuro e o que a população sofre hoje é reflexo de atos ignorados no passado. As queimadas, o desmatamento, o desperdício de água, o aumento de transportes automotivos nas ruas, a compra exagerada de produtos industrializados, são alguns exemplos da ação humana sobre a natureza que causam efeitos desastrosos.
Cada cidadão pode ser um colaborador para a preservação da natureza. Nesta data em que se comemora o Dia da Natureza, reflitamos os nossos atos e colaboremos para uma vida com mais dignidade como garante os Direitos Humanos.
Por uma Natureza mais viva para as futuras gerações! 


sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Mês Missionário


Celebrada pela Igreja Católica, de forma especial em outubro, as missões são iniciativas religiosas destinadas a propagarem os princípios do Cristianismo entre os povos não cristãos.
Por sua vez, estas são um simples ministério da Palavra. Mas, além disso, as missões se estruturam ou inserem em comunidades estáveis e procuram integrar os princípios cristãos com a realidade de vida dos povos em que se implantam. Assim, ultrapassam a esfera religiosa e assumem uma dimensão social, econômica, educativa, assistencial e, muitas vezes, também artística e cultural.
Paulo de Tarso é tido pela Igreja como o primeiro grande missionário. E atualmente a Igreja considera todo cristão batizado como missionário a serviço da evangelização e propagação da salvação em Cristo Jesus.
Os católicos, que fundaram as missões nas Américas, ao converterem os povos indígenas em massa, tornaram esta como uma das missões historicamente mais importantes dentre as fundadas pela Igreja de Cristo.
Na contemporaneidade as missões já não tendem a impor sua visão sobre as culturas nativas. Elas procuram apresentar os princípios cristãos de forma compreensível para que os indivíduos possam ter uma nova opção e escolher sua crença com maior consciência e engajamento. As atuais missões dirigem boa parte de seus esforços para que se formem lideranças locais que conduzam suas comunidades para um desenvolvimento ao longo de linhas autodeterminadas, autossustentadas e em integração com seus contextos regionais ou nacionais.
Fiquemos atentos a nossa Missão de Cristãos batizados e busquemos evangelizar neste mês das Santas Missões.