A atmosfera geral de
alegria e liberdade trazida pela “Paz Constantiniana” com o edito de Milão
(313), significa um desenvolvimento extraordinário para a Liturgia, iniciando
rumos que, talvez, a Igreja primitiva não conseguisse imaginar ou mesmo
desejar, tais como:
O
lugar de culto deixa as “casas da comunidade” para se fixar nas construções
basilicares, tendo ainda destaque os batistérios, as memórias
dos mártires,
e os cemitérios.
Embora as basílicas estejam em contraste com os templos
pagãos, caracterizados como espaços para os deuses, e não para o povo, não
deixam de ser regidas por uma mentalidade triunfalista do cristianismo. O
historiador Eusébio diz que Cristo, o qual reina e triunfa depois da morte,
merece uma “domus regia”. Desta maneira os cristãos vão ajuntando ao mistério
pascal, que era fonte absoluta da Liturgia Cristã, o triunfo do próprio
cristianismo sobre os pagãos.
Uma
marca profunda da nova situação foi as insígnias dos bispos e presbíteros,
concedidas pelo império aos titulares da Igreja, tais como:
Importância
da sede episcopal: com o nome de cátedra, sede de magistrado ou “trono” como
símbolo da dignidade. São concedidas, juntamente o privilégio do pálio, as
sandálias, a dalmática e as saudações como o beijo, reverência, inclinação, ou aclamações
públicas em procissões
Vestes
de triunfo, vestis
regia,
coroa de ouro com gemas, etc.
Títulos:
majestade, Dominus
noster,
Pius, Felix, Augustus, etc.
Na Liturgia observam-se mudanças tais como:
O
domingo é reconhecido pelo Estado;
A
Páscoa passa a ser a grande festa anual para todos;
A
quaresma é celebrada inicialmente em função dos catecúmenos;
Nos
séculos III e IV criam-se as festas da Epifania e Natal;
Incremento
do Ano Litúrgico;
Formação
das famílias litúrgicas.
Momento significativo para a Igreja a fase Constantiniana
deixou um legado para a liturgia sendo, ainda nos dias atuais, cultivado na
formação litúrgica da Igreja Católica. É importante conhecermos a história da
nossa Igreja para compreendermos melhor a Missa.
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