Popularmente
conhecido como Dia de Finados a data é celebrada pela Igreja Católica desde o
século II em memória aos falecidos onde os cristãos visitavam os túmulos dos
mártires para lembrar os que morreram. Já no século V a Igreja dedicava um dia
do ano para rezar pelos mortos. Assim no século
XIII esse dia anual passou a ser comemorado em 2 de
novembro, em virtude do dia 1 de novembro ser
a Festa de Todos os Santos.
As comunidades católicas celebram fervorosamente a data com
celebrações de Missas, ofertas de flores e velas quando um grande número de
fieis se reúne para lembrar e rezar pelos seus entes queridos nas missas
celebradas nas capelas e matrizes ou nos cemitérios. Todo um ritual é
verificado neste dia: as famílias se juntam para zelar pelos túmulos, colocam
flores, acendem velas e fazem orações pedindo a Deus pela eternidade dos
falecidos junto ao Pai.
No Livro de Tobias 12, 12. O Senhor diz: “Quando tu oravas com lágrimas e
enterravas os mortos [...], eu apresentava as tuas orações ao Senhor. Essa
passagem bíblica é uma justificativa que fundamenta a fé cristã diante da
oração pelos fieis defuntos.
Nos últimos anos, a Paróquia de São Sebastião preza pela
celebração de duas missas no Dia de Finados: uma realizada da Capela de São
Sebastião na Vila Gravatá no período da manhã, tendo em vista haver naquela
localidade um cemitério que recebe durante todo o dia grande número de
visitantes para fazer memórias aos mortos; E uma segunda missa celebrada no
final da tarde no cemitério São Sebastião, localizado na sede do município,
onde o padre, após a celebração, abençoa os túmulos e as pessoas fazem suas
orações lembrando dos seus parentes e amigos que já partiram ao encontro do
Pai.
Tido não somente como um ritual religioso, a celebração em
memória dos fieis defuntos faz parte da cultura popular do nosso povo. A crença
religiosa, os rituais estabelecidos, o avivamento das promessas cristãs, as
lembranças em memória às pessoas falecidas, tudo isso é um gesto de
manifestação da cultura popular do nosso povo. Essa manifestação é alimentada a
cada dia, a cada ano pela religiosidade das pessoas que mais do que acreditar
entregam seus caminhos a Deus pelos desígnios de sua Fé.
Aldaberon Vieira—PASCOM
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