sexta-feira, 7 de março de 2014

PORQUE O SER HUMANO NÃO É MERCADORIA!


A Campanha da Fraternidade todos os anos traz um tema importante para a discussão na/para a sociedade. Neste ano a CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil propôs o tema sobre o Tráfico de pessoas: “Fraternidade e Tráfico Humano” e lema “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5, 1). “A Campanha da Fraternidade é realizada anualmente pela Igreja Católica Apostólica Romana no Brasil, sempre no período da Quaresma. A cada ano é escolhido um tema, que define a realidade concreta a ser transformada, e um lema, que explicita em que direção se busca a transformação.”
No mundo inteiro é considerável o número de pessoas em situação de pobreza e vulnerabilidade que se deixam iludir pelas promessas de mudança de vida e de ganhar muito dinheiro que acabam se tornando presas fáceis das redes criminosas e organizações nacionais e internacionais que traficam pessoas.
Para Thiesco Crisóstomo, o tráfico de pessoas é: “utilizar as pessoas como mercadoria, tanto as que se colocam para si mesmas como mercadoria, porque não tem oportunidade a outro tipo de emprego, quanto as que foram tomadas de forma violenta, como na maioria dos casos”. Já para a Ir. Eurides Alves (ICM) da Rede Um Grito Pela Vida, “... é a demonstração da irracionalidade do sistema capitalista. (...) é um mecanismo de comércio e crime que acontece longe e perto de nós”.
O tráfico humano é considerado, hoje a terceira fonte mais lucrativa do mundo junto com as drogas e as armas, movimentando cerca de 32 bilhões de dólares por ano, segundo a UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime). Por isso, um grande interesse por trás de tal atividade. Porém, o que não pode acontecer é permitir que pessoas sejam tratadas como mercadoria, pois “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5, 1). Uma liberdade que ‘traz à luz o sentido da grandeza, da beleza, da dignidade da pessoa humana.’ A mesma que ‘entrever a dignidade única e transparente da pessoa humana.’
São diversas formas de tráfico que envolve as pessoas: a exploração sexual, remoção de órgãos, adoção ilegal, pornografia infantil, às formas ilegais de imigração com vistas à exploração do trabalho em condições análogas à escravidão, ao contrabando de mercadorias. As principais vítimas são as mulheres e as crianças. A primeira vista o problema parece está bem distante da nossa realidade por ser pouco visível. Mas ele está bem próximo de nós, por isso é importante buscarmos sempre muita informação e divulgar para que outras pessoas tenham conhecimento, pois como diz o Hino da Campanha:

“Deus não quer ver seus filhos sendo escravizados,(...)
Pra liberdade é que Jesus nos libertou! (Gl 5,1)
Que abracemos a certeza da esperança, (Cf. Hb 6,11)
Que já nos lança, nessa marcha em comunhão.
Pra novo céu e nova terra da aliança, (Cf. Ap 21,1)
De liberdade e vida plena para o irmão... (Cf. Jo 10,10)



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Jornal Mundo Jovem
Aldaberon Vieira
PASCOM -LD


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