quinta-feira, 9 de agosto de 2012

VOCAÇÃO: LIBERDADE E ENTREGA

Todo cristão possui uma vocação em comum, a qual só é alcançada à medida que o homem consegue aperfeiçoa-se e voltar-se para Deus, seu Criador.  Portanto, o sentido da vida está em caminhar para Deus para viver eternamente com Ele, atingindo desta maneira a bem-aventurança, que é a vocação do homem.
Além de todos possuírem esta vocação que é comum, ou seja, a santidade, Deus chama a cada um de modo particular. Este chamado é diverso, não se destina apenas ao sacerdócio ministerial, mas a todas as funções que um ser humano pode desempenhar em sua vida. Todos, portanto, são chamados a ocupar um lugar neste mundo, de um modo diverso.
Ao chamar, Deus, deixa o homem totalmente livre. Ele chama, mas não obriga ninguém a aceitar tal convite. No entanto, só será capaz de escutar e aceitar este chamado quem tiver se encontrado com Deus, pois só a alma enamorada é capaz de responder ao amor de seu Amado.  Deste modo, ao ouvir a voz de Deus, que fala no mais íntimo da alma,surge o sentimento de entregar-se totalmente a Ele, de modo livre, ou seja, eu mesmo, sem imposição da vontade de ninguém, decido entregar-me por inteiro a Deus, de modo que minha vida seja toda um sim a este chamado.

“A resposta humana ao chamado divino, para ser autêntica, só pode ser dada na liberdade, numa liberdade madura, responsável e consciente do dom que Deus lhe oferece”. [1]

Só seremos felizes nesta vida, se seguirmos a vocaçãoa qual Deus nos chamou. Se sou chamado a ser padre, só serei feliz se seguir este caminho traçado por Deus na minha vida, pois antes mesmo da concepção, Deus me escolhe para uma vocação específica,  dando meios e as força necessárias para cumprir a vocação a qual fui chamado. Só é feliz nesta vida, quem segue a voz do Senhor que nos chama, e só receberemos a bem-aventurança, se formos capazes de realizar nossa vocação com amor, por amor e no amor, fazendo com que nossa vida se assemelhe com a de Cristo.
Portanto, quem ainda não encontrou sua vocação, busque escutar a voz de Deus que quer falar no íntimo do seu coração, e não pense duas vezes, diga sim! Não se preocupe com o que acontecerá depois, pois se é vontade de Deus, nada há de faltar! Do mesmo modo que um vaso não serve para iluminar, pois sua função é guardar algo, nós não podemos nos realizar na vocação que não seja aquela que Deus escolheu, pois só há felicidade quando eu realizo o querer de Deus.
Fica aí um incentivo: “Etregni non erit finis! (O seu Reino não terá fim!)
Não te dá alegria trabalhar por um reinado assim?”[2]
Sem. Raul Rodrigues da Costa Neto
Diocese de Guarabira- PB
Seminário Maria MaterEcclesiae do Brasil
2º Filosofia



[1]MMMRC, nº58.
[2] S. JOSEMARIA ESCRIVÁ. Caminho. 9ª edição. Trad. Alípio Maia de Castro. São Paulo: Quadrante, 1999. p. 278, nº  906.

Um comentário:

  1. Querido seminarista Raul, o mês vocacional é realmente uma alegria para nós cristãos vocacionados à santidade. Com certeza, o Reino de Deus não terá fim! Parabéns pelo belíssimo texto.
    Rezo pela sua vocação!
    Deus abençoe!
    Eliane Lima.

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