domingo, 21 de julho de 2013

Papa diz que "servir os pobres nos conduz a Jesus" e pede orações por sua viagem ao Rio


Na oração do Angelus da manhã deste domingo, 20, Papa Francisco pediu aos fiéis, turistas e romanos que o aclamaram na praça São Pedro que o acompanhem com as orações na viagem que fará a partir de segunda-feira, 22, ao Rio de Janeiro.

Francisco desembarcará na cidade às 16h (hora local) e participará a partir de quinta, 25, da Jornada Mundial da Juventude. Seu primeiro evento público no Rio de Janeiro será a celebração da missa de acolhida, na praia de Copacabana, às 18h.

Dezenas de milhares de pessoas ouviram suas palavras neste domingo, e em meio a elas, o Papa entreviu uma faixa com os dizeres "boa Viagem", o que lhe deu a ocasião para pedir aos fiéis que o acompanhem "espiritualmente" nesta Jornada.

Francisco disse ainda que no Rio e em todo o mundo esta será a "Semana da Juventude" e convidou os jovens a questionar-se sobre o caminho que devem seguir em suas vidas.

"Todos os que estarão no Rio querem ouvir a voz de Jesus: Senhor, o que devo fazer de minha vida? Vocês, jovens presentes aqui na praça, façam a mesma pergunta ao Senhor".

Antes da oração mariana, Francisco falou aos fiéis a respeito do capítulo 10 do Evangelho de São Lucas, que narra a hospitalidade oferecida pelas irmãs Marta e Maria a Jesus em Betânia.

As duas foram acolhedoras com o Senhor, mas tiveram atitudes diferentes: enquanto Maria, aos pés do Senhor, escutava a sua palavra, Marta estava ocupada com seus afazeres, agitada por muitas coisas, e foi repreendida por Jesus. Com doçura, ele lhe explicou que se alguém quer verdadeiramente segui-lo, é necessário que se torne seu discípulo, escutando-o. Do contrário, não poderá agir em conformidade com a sua palavra.

"As obras de serviço e caridade do cristão não devem jamais se separar da oração, da escuta da Palavra do Senhor, assim como o fez Maria, aos pés de Jesus, comportando-se como uma discípula. E por isso, Marta foi repreendida".

O Papa explicou que servir e orar são dois comportamentos importantes, mas não contrapostos; devem ser vividos em unidade e harmonia.

"A oração que não gera uma ação concreta em ajuda de nossos irmãos pobres, doentes, carentes, que precisam de nós, é uma oração estéril e incompleta. Por outro lado, quando no serviço eclesial se presta mais atenção no ‘fazer’, dando mais importância às funções e estruturas, corre-se o risco de servir apenas a sim mesmo e não a Deus, presente no irmão necessitado".

Concluindo, o Papa citou São Bento, com o seu lema "ora et labora", e lembrou que "é da contemplação, da relação da amizade que temos com o Senhor, que nasce em nós a capacidade de viver e de ter conosco o amor de Deus, sua misericórdia e ternura para com o próximo. E a consciência de que nossa atenção com o irmão carente e nosso trabalho de caridade nas obras de misericórdia nos aproximam do Senhor".

No final do encontro, o Papa concedeu a sua bênção e desejou aos presentes "bom domingo" e "bom almoço".

Fonte: Rádio Vaticano

Nenhum comentário:

Postar um comentário