domingo, 15 de abril de 2012

A MISERICÓRDIA DIVINA...UM MISTÉRIO DE AMOR


“Tende piedade de mim, Senhor, Segundo a Vossa bondade. E conforme a imensidade de Vossa Misericórdia, apagai a minha iniqüidade. Lavai-me totalmente de minha falta, e purificai-me de meu pecado” (Salmo 50, 3-4)
 
 
               O pecado é uma falta ao amor verdadeiro para com Deus e para com o próximo. Segundo os ensinamentos de Santo Agostinho, pecado é “amor de si mesmo até o desprezo de Deus”. Conclui-se, portanto, que o pecado é totalmente contrário à obediência a Deus, que realiza a Salvação em Jesus Cristo.
Quando pecamos, nos afastamos de Deus. Ora, se “Deus é amor”, conforme nos ensinam as Sagradas Escrituras (I João 4, 15) e se o pecado nos afasta de Deus, para permanecermos em Deus e nos afastarmos do pecado precisamos AMAR MAIS. Em todas as circunstâncias, sobretudo nas desfavoráveis, precisamos amar. Quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele. Então, é preciso tomar a decisão de amar e de ser amor para o outro.
            Foi no Calvário, onde foi ao extremo da dor e do sofrimento, que Jesus se tornou a fonte de onde brota o perdão dos nossos pecados (I Ped 2, 24-25). Tornou-se a fonte de amor. A Misericórdia Divina, que é infinita, alcança as nossas misérias, as trevas mais ocultas da nossa alma, as faltas mais secretas e as sombras da nossa vida. A misericórdia de Deus nos abraça, nos acolhe, porque Deus é o Pai das Misericórdias. E Deus é amor!
Interessante observar que, no caminho de perfeição evangélica que trilhamos, somos chamados a ser misericordiosos e a promessa para todo aquele que viver essa bem aventurança em sua vida é a de que alcançará “misericórdia” (Mateus 5,7).
Hésèd, misericórdia ou amor, da parte de Deus, designa um amor inabalável, capaz de manter uma comunhão para sempre, aconteça o que acontecer: “Mesmo que as montanhas oscilassem e as colinas se abalassem, jamais meu amor te abandonará” (Isaías 54,10). Na história do povo de Deus, é evidente que um amor incondicional implica perdão, e não pode ser outra coisa, senão misericórdia.
Por isso, que aos misericordiosos, Jesus não promete nada mais do que aquilo que eles já vivem: a misericórdia. Em todas as outras bem-aventuranças, a promessa contém sempre algo a mais, por exemplo: os que choram serão consolados, os puros de coração verão a Deus. Porém, nada mais Deus poderia dar aos misericordiosos a não ser a misericórdia, que é a plenitude de Deus. É um amor sem reservas e sem limites, pleno de graças.
A misericórdia é o que há de mais divino em Deus e é também o que há de mais completo no homem: “ele te enche de graça e de ternura”, diz ainda o salmo 103. No salmo 8, 6 encontramos a passagem onde se diz que Deus coroa o homem de “glória e de honra”. Criados à sua imagem, os homens são chamados a partilhar a glória e a honra de Deus. Mas são a misericórdia e a ternura que nos fazem realmente participar na própria vida de Deus.
Importante lembrar da exortação de Jesus “Sede santos, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo” (Levítico 19,2). À santidade, Jesus deu a face da misericórdia. É a misericórdia que é o mais puro reflexo de Deus na vida humana. Podemos, dizer então que a Misericórdia é o que de mais divino há no coração do homem! Sejamos, pois, bem –aventurados! Sejamos, pois, misericordiosos! A promessa é o céu!







 
 
 
 
 
Cláudia Simone Costa de Oliveira
Consagrada de vida da Comunidade Doce Mãe de Deus
Missão Lagoa de Dentro

Um comentário:

  1. A misericórdia de Deus é infinita! Bendito seja pela misericórdia de Deus em minha vida!

    Parabéns pelo texto Cláudia Simone e obrigada pelo apoio na PASCOM.

    Poliana Vieira

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