quarta-feira, 25 de abril de 2012

São Marcos, Evangelista

"Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura! Quem crer e for batizado será salvo, quem não crer será condenado"   
                                                                                                         (Mc 16, 15-16)  

Desde muito novo, São Marcos foi um daqueles primeiros cristãos de Jerusalém que viveram ao lado da Virgem Maria e dos Apóstolos. Conheceu-os intimamente, sua mãe foi uma das primeiras mulheres que auxiliaram Jesus e os Doze. Além disso, era primo de Barnabé, uma das figuras, que o iniciou na tarefa de propagar o Evangelho. Acompanhou Paulo e Barnabé na primeira viagem apostólica, antes de chegarem a Chipre, talvez por não se sentir com forças para seguir a diante, os tivesse abandonado voltando para Jerusalém.

Dez anos mais tarde, vemo-lo em Roma, desta vez ajudando São Pedro, que o chama meu filho e dá assim a entender que era antiga e íntima a relação que os unia. Marcos encontra-se ao lado do Príncipe dos Apóstolos na qualidade de intérprete, circunstância que se refletirá no seu Evangelho escrito anos mais tarde.

Pelos seus relatos, podemos contemplar os gestos admiráveis do Senhor, a espontaneidade do seu relacionamento com os Doze...

Com esses relatos tão vivos, o Evangelista consegue deixar na nossa alma o atrativo avassalador e sereno ao mesmo tempo - da figura de Jesus Cristo, um pouco daquilo que os próprios Apóstolos sentiam ao conviverem com o Mestre. Pode-se afirmar que a mensagem de Marcos é o espelho vivo da pregação de São Pedro.

Diz-nos São Jerônimo que " Marcos, discípulo e intérprete de Pedro, passou a escrito o seu Evangelho a pedido dos irmãos que viviam em Roma, conforme o que tinha ouvido pregar ao Apóstolo. E o próprio Pedro, tendo-o escutado, aprovou-o com sua autoridade para que se fosse lido na Igreja". A principal missão da vida de Marcos foi levar o seu trabalho e a correspondência fiel com que se deixou conduzir pelo Espírito Santo.

A festa que hoje celebramos é, pois, uma ocasião para examinarmos com que pontualidade, atenção e amor de que forma temos lido diariamente trechos do Santo Evangelho, que é a palavra de Deus dirigida expressamente a cada um de nós. Se não nos tem faltado essa atenção amorosa, esse protagonizar ao lermos o texto sagrado, quantas vezes não nos teremos sentido no lugar do filho pródigo, ou não nos teremos servido da oração do cego Bartineu - Domine, ut videam!; Senhor, que eu veja! Ou da do leproso - Domine, si vis, potes me mundare!; Senhor se queres, podes limpar-me...! Quantas vezes não teremos sentido no fundo da alma que Cristo olhava para nós e nos convidava a segui-lo mais de perto, a romper com um hábito que nos afastava dEle, a viver melhor a caridade, como verdadeiros discípulos seus.









Henrique Florêncio
Pascom


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