quarta-feira, 12 de agosto de 2015

História da Liturgia - parte 1


Neste mês de agosto, período dedicado pela Santa Igreja Católica às vocações da Igreja, o Boletim Anunciai dá início a uma série de textos de Formação Litúrgica para deixar seus fieis leitores com um pouco mais de (in)formação sobre Liturgia. 
Liturgia vem do grego, gr. Liturgia ou ação pública, obra do povo. Nas tradições cristãs, a liturgia significa que o povo de Deus participa na “ação de Deus”. O cerne das celebrações litúrgicas é a Santa Eucaristia; a ela estão ordenadas as restantes, como a celebração dos outros sacramentos, a Liturgia das Horas, as devoções, as bênçãos e as procissões. (YouCat, p. 12)
1. No tempo de Cristo - Jesus veio de um povo que sabia rezar, herdeiro de uma Liturgia riquíssima com uma vida de oração bem ordenada, seja pública ou privada. O culto público se realizava no templo e na Sinagoga com características bem diferentes.
No templo se ofereciam sacrifícios;
Na sinagoga se cultuava a escuta da palavra.
A vida de oração privada caracterizava-se pelas diversas bênçãos no interior da família e, sobretudo pela oração individual, da qual o próprio Jesus nos deixou um rico exemplo, seja diante do público (Mt 11, 25-28; Lc 10, 21-21 ; Jo 11, 41-41); ou diante dos Apóstolos e discípulos (Mt 6, 9-13; Lc 11, 2-4 ; Jo 17,126), ou seja, em particular (Mt 14, 23; 26, 39-42; 27, 46; Mc 1, 35; 14, 36; 15, 34; Lc 5, 16; 6, 16; 9, 28; 22, 39-42).
Em relação à Liturgia sacrifical do Templo Jesus tinha muitas críticas, as quais confirmavam a posição dos profetas anteriores ao exílio: Am 2, 7s; 4, 4s; 5, 4s; 5, 21s; Is 1, 11s; 29, 13; Os 2, 13-15; 4, 11-19; 6, 6; 8, 5s; 10, 8; 13, 2; Mq 6, 6-8; Jr 6, 20; 7, 26; também nos profetas posteriores ao exílio: Is 58, 5-7; 66, 1-3; nos Sapienciais: Pv 15, 8; 21, 3.27; Eclo 4; nos Salmos: Sl 40, 7-8; 50, 8-15; 51, 18-19.
Por isso, Jesus propunha uma exigência de conversão-purificação da Liturgia hebraica para que ela pudesse se tornar um culto em Espírito e Verdade (Jo 4, 21-24), culto trinitário realizado em Cristo no Espírito. Este novo culto não seria mais determinado por um lugar (Santuário de Gazarim ou de Jerusalém), mas estaria diretamente ligado ao Espírito de Deus que faria do homem um templo orante em Cristo.
Quanto ao culto na Sinagoga, Jesus tinha uma frequência remarcada, como podemos ver em Mt 4, 23; 13, 54; 22, 39-45; Mc 1, 38-39; 3, 1; 6, 2; Lc 4, 16-44; 6, 6; 13, 10; Jo 6,59; 18,20. Ele sempre usava as Sinagogas para pregar a Palavra e fazer curas nos dias de sábado. Profetizando e deixando aqueles que os ouviam sem palavras para questioná-lo e ensinava-os os seus Mandamentos.


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