Essa é a missão que toda mulher deve assumir ao se tornar
mãe.
Mas
sabemos que não é uma tarefa fácil.
Desde
o início da gestação, doamos nosso corpo por inteiro para acomodar e gerar um
ser que nem conhecemos ainda, e depois, doamos nossa vida para cuidar do filho
que Deus nos confiou para proteger e amar, e muitos são os desafios com que nos
deparamos.
Ser
responsável por um filho de Deus aqui na terra, exige que tenhamos fé. Diante
de um mundo que ensina que tudo é permitido, e que o “não” é inaceitável,
muitas vezes somos levadas a realizar todos os desejos dos filhos, na ilusão de
que essa atitude conquista seu amor, e esquecemos da simplicidade e do amor com
que Maria educou Jesus.
Na
Bíblia não há muitos relatos sobre a infância de Jesus. Mas algumas passagens
nos lembram de como Nossa Senhora foi fiel à missão que Deus lhe deu. A
primeira foi seu “sim” ao acolher Jesus em seu ventre
mesmo sabendo das consequências que isso traria. E pensando nisso, lembramos
das mães adotivas, que acolhem com amor os filhos gerados por outra mulher.
Lembramos também de tantas mulheres que, por inúmeros motivos, rejeitam seus
filhos ainda em seus ventres, ou até mesmo, nega-lhes a vida que Deus concedeu.
Em
outro momento, vemos Maria levando Jesus aos 12 anos à festa da Páscoa.
Observamos que ela e José participavam ativamente da vida religiosa e que
ensinavam a Jesus a amar os ensinamentos de Deus. E quando, na volta, não o
encontram entre os caminhantes, retornam a Jerusalém a sua procura. Jesus, como
nossos filhos, poderia estar em outros lugares, mas estava no local em que seus
pais o ensinaram a frequentar, e assim, o encontraram no templo. Que alegria
seria, se todos os pais ensinassem seus filhos a amar as coisas de Deus e os
encontrassem no serviço de Seu Reino, ao invés de precisarem buscar em lugares
que diminuem sua dignidade de filho de Deus.
E,
no fim da vida de Jesus, Maria estava ao seu lado, compartilhando a dor de seu
amado filho. Lembramos de tantas mães que, assim como Maria, não desamparam
seus filhos, mesmo diante de sofrimentos como doenças e drogas, e que choram a
morte deles, muita vezes vítimas da violência que amedronta nossas famílias.
Peçamos
a Deus a graça de sermos como Nossa Senhora! Que saibamos acolher em nosso colo
e cuidar com ternura dos nossos filhos. Que tenhamos coragem de dizer-lhes um
NÂO quando for necessário, e que apresentemos Deus como Senhor da nossa vida. E
que tenhamos força para amparar nossos filhos no sofrimento e, sobretudo, para
fazer deles homens e mulheres de fé, que no futuro serão pais e mães inspirados
na família que Deus escolheu para Jesus.
Que
Nossa Senhora seja nossa força e inspiração, amém!
Feliz
Dia das Mães!
Raquel
Araújo
Mãe de Augusto
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