FUNÇÕES DE ORDEM SACRA
Toda celebração legítima da Eucaristia é dirigida
pelo Bispo, pessoalmente ou através dos presbíteros, seus auxiliares.
Quando o Bispo está presente à Missa com afluência do
povo, é de máxima conveniência que ele celebre a Eucaristia e associe a si os
presbíteros na sagrada ação como concelebrantes. Isto se faz, não para aumentar
a solenidade exterior do rito, mas para manifestar mais claramente o mistério
da Igreja, "sacramento da unidade".
Se o Bispo não celebra a Eucaristia, mas delega outro
para fazê-lo, convém que ele próprio, de cruz peitoral, de estola e revestido
do pluvial sobre a alva, presida a liturgia da palavra, e no fim da Missa, dê a
bênção.
O presbítero, que na Igreja tem o poder sagrado da
Ordem para oferecer o sacrifício em nome de Cristo, também está à frente do
povo fiel reunido, preside à sua oração, anuncia-lhe a mensagem da salvação,
associa a si o povo no oferecimento do sacrifício a Deus Pai, por Cristo, no Espírito
Santo, dá aos seus irmãos o pão da vida eterna e participa com eles do mesmo
alimento. Portanto, quando celebra a Eucaristia, ele deve servir a Deus e ao
povo com dignidade e humildade, e, pelo seu modo de agir e proferir as palavras
divinas, sugerir aos fiéis uma presença viva de Cristo.
Depois do presbítero, o diácono, em virtude da
sagrada ordenação recebida, ocupa o primeiro lugar entre aqueles que servem na
celebração eucarística. A sagrada Ordem do diaconado, realmente, foi tida em
grande apreço na Igreja já desde os inícios da era apostólica. Na Missa, o
diácono tem partes próprias no anúncio do Evangelho e, por vezes, na pregação
da palavra de Deus, na proclamação das intenções da oração universal, servindo
o sacerdote na preparação do altar e na celebração do sacrifício, na
distribuição da Eucaristia aos fiéis, sobretudo sob a espécie do vinho e, por
vezes, na orientação do povo quanto aos gestos e posições do corpo.
Congregação para o
Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos
Roma – 2002
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