O Concílio Vaticano II apresenta
Maria como modelo perfeitíssimo na fé e na caridade” (Documento sobre a Igreja, Lumen gentium, n. 53).
Olhando para este modelo, a Igreja se preserva daquele modelo machista
que a reduz a uma ação sócio-política, a uma abstração. E quando vira
abstração, não precisa de uma mãe. Ela mostra “o rosto materno de Deus”,
garantindo a convivência da indispensável “razão” com as indispensáveis “razões
do coração”.
É
interessante verificar que nenhum outro cristão, exceto Maria, é
considerado como “modelo perfeitíssimo da Igreja”. Este modelo nos leva
necessariamente ao seu Filho, Jesus Cristo.
A profunda ligação entre Cristo e
Maria nos foi lembrada recentemente, na homilia do Papa Francisco, no dia 1º de
janeiro deste ano. Eis as suas palavras[...]: “Cristo
e sua Mãe são inseparáveis: há entre ambos uma relação estreitíssima, como
aliás entre cada filho e sua mãe…Tal inseparabilidade é significada também pelo
fato de Maria, escolhida para ser Mãe do Redentor, ter compartilhado
intimamente toda a sua missão, permanecendo junto do Filho até ao fim no
calvário”.
Eis por que, rezando
na Igreja, entendemos e alimentamos nossa fé Naquele que nasceu da Virgem
Maria.
Lino Rampazzo é professor, pesquisador e membro da Academia Marial desde
1998
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